Nas últimas décadas, a palavra bioética vem ganhando destaque nas sociedades ocidentais, mas também persiste o mito de que nas ciências o conhecimento é buscado por si, sem relação com a economia de mercado. A história das ciências mostra que o discurso da prosperidade material decorrente de sua produção traria paz e liberdade ao homem não é verdadeiro; o próprio acesso aos seus produtos é uma evidência de que isto não ocorre. A bioética trouxe a percepção de que a existência humana não deve ser secundarizada. Não obstante, a bioética precisa perceber que as questões econômicas, através da razão instrumental, estão dando o sentido da vida, o que é nocivo aos mais vulneráveis. Neste aspecto, tomar consciência da bolha de relações humanas em que todos estão envolvidos é um passo decisivo para uma mudança benéfica, bem como proteger e ampliar o Sistema de controle social das pesquisas.