La teta asustada (2009): representação da ancestralidade como alternativa à colonialidade das políticas de memória na América Latina

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DOI:

https://doi.org/10.37211/2789.1216.v3.n1.117

Resumen

Objetivo: Este artigo retoma o cenário de políticas de memória e atuação da Justiça de Transição na América Latina pós-ditaduras e autoritarismos, desde a segunda metade do século XX para, em seguida, explorar as potencialidades do cinema na construção de memórias decoloniais e contra-hegemônicas. Desarrolho: Argumentamos que o filme La teta asustada, dirigido por Claudia Llosa e lançado em 2009 no Peru, coloca em cena outras narrativas, recuperando tradições, rituais, cosmologias e experiências historicamente silenciadas, reafirmando, assim, a potência de práticas como a oralidade, a corporeidade e a territorialidade. Para proceder à análise proposta, articulamos bibliografia especializada na crítica fílmica feminista, estudos de memória e decolonialidade. Conclusões: Esperamos contribuir para a valorização da ancestralidade no cinema latino-americano menos como um retorno nostálgico ao passado e muito mais como uma prática política de (re)existência, que conecta temporalidades distintas, reafirma laços comunitários e propõe alternativas ao modelo civilizatório eurocêntrico e estadunidense, assim como às políticas de memória que selecionam paradigmas de violações contra os direitos humanos, instituindo padrões de memória hegemônicos. 

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Biografía del autor/a

Orlando Bastidas Betancourt, UFGD

Licenciado en Geografia y ciencias de la Tierra por la universidad de los Andes (Venezuela) magister en Desarrollo Regional por la universidad de los Andes (Venezuela). Doutor en Recursos naturales por la Universidad Estadual de Mato Grosso do Sul (Brasil)

Daniela Pérez, UFGD

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal Espírito Santo (UFES)-Brasil. Tem interesse na pesquisa em psicologia social, estudos de gênero, estudos culturais, migrações e saúde mental. Atua como professora visitante do PPGPsi-UFGD.

Nashla Dahás , UFGD

 Doutora em História Social pela UFRJ, com pós-doutorado em História do Tempo Presente pela UDESC. Atua como professora visitante do PPGH-UFGD, onde realiza a pesquisa intitulada “Colaboracionismos”” e violências políticas de gênero nas ditaduras de Brasil, Chile e Argentina”. Possui publicações sobre história e memória no contexto das democracias e autoritarismos no Cone Sul contemporâneo. 

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Publicado

2025-06-30

Cómo citar

Bastidas Betancourt, O., Pérez, D., & Dahás , N. (2025). La teta asustada (2009): representação da ancestralidade como alternativa à colonialidade das políticas de memória na América Latina. Revista De Ciencias Y Artes, 3(1), 58–73. https://doi.org/10.37211/2789.1216.v3.n1.117